A Belle Époque Carioca - Cascadura 1/2


Cascadura - Beaux Arts https://impressoesuburbanas.blogspot.com/

A complexa transição Império/República teve no Rio o cenário principal dos acontecimentos. E, à medida que o tempo passava, novos atores foram compondo a cena urbana: militares simpatizantes do positivismo, profissionais liberais ligados a atividades exclusivamente urbanas, operários voltados à indústria têxtil e aos serviços urbanos. Havia também artesãos, pequenos empresários e uma massa de pessoas sem qualificação profissional. Consequência: a população de cidade aumentou de 522.651 habitantes, em 1890 a 1.157. 763 em 1920.

 A arquitetura carioca refletia todas estas transformações e foi neste contexto que aportaram no Rio o Beaux Arts [1] e o Art Nouveau.  Essas duas escolas representavam a Europa industrializada, tão almejada pelos brasileiros. O Beaux Arts, oriundo da Escola de Belas Artes de Paris, chegou ao Rio em meados do século XIX.  Tal perspectiva objetivava afastar os imóveis do nível do solo, um dos ditames do código sanitário vigente. As casas ao longo da linha da rua passaram a ter belas platibandas, às vezes acompanhadas de porões de ventilação. A presença de porões arejados é notada em casas anteriores à chegada do Beux Arts, porém esta escola reforçará tal prática que será vista mesmo depois de sua passagem pelo Rio.

Texto: Geanine Souza

Pesquisa: 

 Guia da Arquitetura do Rio de Janeiro/Coordenação Geral Bazar do Tempo/ Textos Maria Helena Röhe Salomon et. al.- 1ª ed. - Rio de Janeiro: Bazar do Tempo, 2016



[1] O exemplo de Beaux Arts mais significativo no Rio é o Teatro Municipal.


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